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Foto do escritorDiego Carlos Marquete

::MEDITAÇÃO - REFÚGIO NO SANTUÁRIO DE NOSSO INTERIOR


por Diego Carlos Marquete

“Só me interessam os passos que tive de dar na vida para chegar a mim mesmo.” (Hermann Hesse)

Prêmio Nobel de Literatura em 1946, Hermann Hesse certa vez escreveu: “Dentro de você existe um silêncio e um santuário, aos quais pode se retirar a qualquer momento e ser você mesmo.” Mais lido escritor alemão do século XX, Hesse sofreu em determinados momentos da vida, crises depressivas e buscou auxílio tanto em renomados médicos como Carl Gustav Jung, o fundador da psicologia analítica, quanto na análise das suas emoções através da meditação e da auto-observação.

Meditar ou entrar em contato com o silêncio pode parecer difícil quando arquitetamos a definição do termo como a subtração de qualquer pensamento de nossa mente, porém, no dia-a-dia meditamos toda vez que voltamos nossa atenção aos sentimentos e buscamos no interno as respostas para as dores e os conflitos da existência.

Respostas muitas vezes não compreendidas ou tidas conscientemente, mas saciadas e percebidas através da calma e tranquilidade que a meditação oferece ao fomentar o amadurecimento espiritual.

Palavras como paz, tranquilidade, calma, relaxamento e diminuição do estresse são termos muitas vezes relacionados à prática da meditação, mas não constituem o objetivo máximo desta. Monges, iogues e profetas retirados em meio a florestas, desertos e cavernas tinham ao seu redor toda a tranquilidade e calma, certamente não sofriam de estresse físico ou emocional, mas possuíam uma necessidade maior para buscar o refúgio interno, a necessidade do autoconhecimento e evolução espiritual e emocional.

O autoconhecimento foi a terapêutica de Hesse para superar a dor do conflito emocional, retirar-se para o santuário que ele descreve é como voltar pra casa toda vez que sentimos medo, cansaço, culpa, tristeza, dor física ou mental. Em casa nos sentimentos protegidos e percebemos as agitações da alma apaziguarem-se. A diferença é que o santuário do escritor alemão não possui paredes e janelas e toda vez que o buscamos somos necessariamente obrigados a conhecer o proprietário. www.diegomarquete.com

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